09 novembro, 2006

Poluição marítima… gerações envenenadas

(…) Desde o prosaico detergente doméstico aos esgotos das indústrias, tudo tem vindo a ser despejado para os oceanos, rios, lagos e estuários. Os peritos marinhos defendem que todos os novos compostos químicos são letais até prova em contrário, mas ignoramos o aviso. Até que um dia descobrimos que envenenámos gerações, como o mercúrio de Minamata, no Japão. Estima-se que morram diariamente 25 000 pessoas por beberem água contaminada, mais de mil por cada hora que passa!
O tratamento dos esgotos começou recentemente a ser tido como uma medida urgente, mas o facto é que já introduzimos, e continuamos a introduzir, autênticos venenos na cadeia alimentar. É por isso que as baleias belugas são tratadas como lixos tóxicos no Canadá, quando morrem.
Embora as costas, junto aos aglomerados urbanos, sofram a maior carga de poluição, a verdade é que o mar alto tem os seus próprios problemas. Os acidentes com transporte marítimo são responsáveis por 10 por cento da poluição dos oceanos, que acaba por ir dar também à costa arrastada pelas correntes. O petróleo é o ‘inimigo número um’, embora as ameaças para a vida marinha e terrestre sejam intermináveis. (…)

Carla Gomes,
www.quercus.pt, Fevereiro, 2002 (adaptado)”


É verdade. Somos constantemente advertidos para este facto, mas parece que “ignoramos o aviso”. Muitas pessoas podem simplesmente pensar que deitar um mero detergente doméstico num rio é apenas uma gota de água no oceano. Se multiplicarmos este acto pelas milhares de pessoas que o fazem e adicionarmos tantos outros “crimes” deste género, não teremos apenas uma gota mas sim metade do oceano, se não mais. Como refere o texto, estes produtos tóxicos são-nos devolvidos directamente ao nosso estômago através do peixe que envenenámos e que agora comemos.
Seria menos mau se o nosso único pecado a nível ambiental fosse só este. Mas não é. Todos os dias milhares de pessoas gastam litros de água desnecessariamente; andam em carros que deitam fumo pelo escape; atiram plásticos, vidros, beatas ao chão, materiais que levam centenas de anos para se degradarem; etc. Estes são exemplos simples, mas foi por isso que os escolhi. Até nos simples gestos do dia-a-dia não sabemos rentabilizar os recursos existentes e fazemos de tudo para que se esgotem. Pequenos gestos como meter uma garrafa no lixo em vez de a atirar ao mar ou ao chão, ajudarão a tornar o nosso mundo menos poluído. Não por ser uma garrafa, um plástico ou um papel, mas pela consciencialização. Isto é, é nas novas gerações que surgem novas pessoas que irão trabalhar em indústrias e fábricas (escolhi estes exemplos pois são unidades muito poluidoras). Se todos os pais ensinarem os seus filhos a não deitar um papel no chão, isto torna-se norma. Assim, quando chegarem aos seus postos de trabalho nas fábricas, a tendência será para agirem como foram ensinados: a não poluir.
É por isso que acho que o combate à poluição poderá, em parte, ser conseguido através de pequenos bons hábitos. E é porque o mundo está em perigo que peço que pensem duas vezes antes de meterem um papel ao chão.
Constança Valadão Santos

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Estou plenamente de acordo!!! As pessoas têm de ter consciência de que estão a acabar com o nosso planeta!! Nós e principalmente o nossos filhos, netos... é que vamos acartar com as concequências. Se cada um fizer a sua parte, o planeta pode voltar ao normal, mas se demorarmos a ter essa consciência, aí sim é tarde de mais....

19 novembro, 2006  

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