09 janeiro, 2007

Optimismo, um projecto para 2007

“Ser optimista não é (…) uma opção. É, antes, uma necessidade absoluta do nosso país, um imperativo do olhar sonhador que temos de aprender a lançar sobre as coisas. Ser optimista é começar por acreditar que o sucesso é a única opção (…)”. Quem o afirma é Carlos Coelho, que, ao longo de 20 anos foi responsável por projectos de marcas em Portugal, como o Multibanco, a Telecel/Vodafone, a Galp Energia, a RTP, etc.

O que constantemente ouvimos nas notícias e no dia-a-dia é que somos um país falhado e que estamos sempre nos últimos lugares dos rankings europeus e mundiais. Apesar da sua veracidade, é importante não esquecer que temos também muitas coisas boas. A questão é que nós, enquanto país, temos que melhorar em diversos aspectos, principalmente na produtividade. Será o optimismo consciente uma ajuda?

É verdade que temos um sistema de educação fraco, uma agricultura pouco desenvolvida, somos um país pobre, temos um crescimento económico que pouco passa de 1%, uma produtividade baixa, etc. Mas também é verdade que, segundo Nicolau Santos, subdirector do Expresso, “temos um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, que disponibiliza serviços não acessíveis em Inglaterra, Alemanha ou Estados Unidos”, “temos uma empresa que se prepara para lançar no mercado mundial um medicamento anti-epiléptico de raiz totalmente portuguesa”, “temos uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média europeia”, entre muitos outros.

E agora? Temos coisas boas e coisas más. Mas o que se ouve é que somos muitos maus. Está bem, não somos muito bons. Então vamos melhorar. Como? Não sei. Mas uma de coisa tenho quase a certeza: o optimismo ajuda. Não me refiro ao optimismo que se “deita à sombra da bananeira” porque tudo irá ficar bem. Falo do optimismo que acredita que as coisas vão melhorar, mas que está consciente de que é preciso esforço e trabalho para lá chegar. Se todos formos optimistas conscientes trabalharemos com mais motivação e com um objectivo mais definido. É meio caminho andado para a produtividade aumentar e para um futuro melhor começar a ser visto no horizonte.

Porque não começar a ser um pouco mais optimista e ambicioso? O futuro do nosso país não é muito convincente, o que torna este optimismo um sentimento difícil. Mas porque não fazer um esforço? Não podemos é ficar sentados à espera que, por milagre, tudo melhore. Sei que o optimismo não é a solução, mas julgo ser uma ferramenta importante que nos ajudará a trabalhar para o crescimento económico e pessoal.
Constança Valadão Santos

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